Lançamento da Zero: Wes Edens
Sobre o Hidrogénio Verde

HIDROGÉNIO

Hidrogénio verde na mira da Zero

O nosso fundador, Wes Edens, traçou um objectivo ambicioso de emissões zero para a New Fortress Energy.  Ele sentou-se para responder a algumas perguntas sobre a mais recente divisão da NFE, a Zero, e o porquê de ele acreditar que vale a pena explorar o hidrogénio renovável. Continue a leitura para saber porque vamos passar de uma situação de baixas emissões carbono para uma de zero emissões!

Wes Edens

P: Porque decidiste iniciar esta nova divisão na New Fortress Energy?

R: A nossa missão foi simples desde o início.  Queremos reduzir as emissões e aumentar o acesso a energia em todo o mundo.  Tivemos muito sucesso na construção de infra-estruturas de GNL e no fornecimento de um combustível mais limpo e mais acessível aos nossos clientes em mercados que dependem de combustíveis altamente poluentes derivados do petróleo.  Estamos a causar um impacto económico positivo ao mesmo tempo que reduzimos as emissões. Mas isso não basta.

Com a humanidade a enfrentar uma crise existencial em matéria de mudanças climáticas, precisamos passar rapidamente de uma situação de baixas emissões de carbono para uma de zero emissões.  Por isso criámos a Zero, para nos concentrarmos em fazer com que a nossa empresa seja líder mundial no fornecimento de energia com zero emissões de carbono.

P: Qual o motivo da ênfase no hidrogénio renovável em detrimento de outras tecnologias de energia limpa?

R: Acredito piamente que o hidrogénio vai desempenhar um papel importante num panorama energético sem emissões de carbono. Faz todo o sentido. É o elemento mais abundante do planeta e pode funcionar, em grande parte, da mesma forma que os combustíveis fósseis para as indústrias da energia, dos transportes e outras.  Trata-se simplesmente da redução do custo do hidrogénio, ou da implementação de um verdadeiro imposto sobre o carbono, para que possa eliminar de vez os combustíveis fósseis.  Além disso, faz todo o sentido estarmos na linha da frente, dada toda a nossa experiência em matéria de infra-estruturas energéticas, de electricidade, de logística e de financiamento.  O potencial por explorar é enorme.

 

P: Actualmente não é excessivamente caro abandonar de facto os combustíveis fósseis?

R: É verdade que os custos de produção de hidrogénio renovável variam actualmente entre 2,50 e 6 dólares por quilograma.  É o custo do electrólise, que utiliza electricidade para separar a água, H2O, em hidrogénio e oxigénio. O custo elevado pode baixar rapidamente, devido ao custo da electricidade renovável, que continua em rápida queda. Vimos os custos da energia solar caírem quase 90% e a eólica 40% na última década.  Dado que as energias renováveis continuam a ficar mais baratas e que surgem mais aplicações para o hidrogénio verde, os custos continuarão a baixar.

Do que realmente precisamos é de 1 dólar por kg de hidrogénio verde, o que equivale aproximadamente a cerca de 7 dólares por mmbtu de gás natural.  Se for possível chegar ao custo de produção de hidrogénio verde a 1 dólar, será possível superar o gás e o gasóleo em praticamente todas as aplicações.  Creio que, para se alcançar uma verdadeira sustentabilidade, é preciso também rentabilidade.

 

P: Não é preciso uma grande quantidade de energia renovável para produzir hidrogénio suficiente para substituir de facto os combustíveis fósseis?

R: É verdade.  No entanto, muitas pessoas estão a pensar nas energias renováveis de uma forma limitada.  Muitas pessoas não compreendem que já existe uma solução para armazenar energia renovável como combustível que é capaz de substituir todos os combustíveis fósseis poluentes: o hidrogénio verde. Não precisamos de ter medo de exagerar na construção e restringir a energia solar ou eólica, que deve ser vista como uma forma de produzir hidrogénio.  É muito mais expansível do que as baterias e acredito que os avanços em termos de armazenagem e transporte serão mais rápidos do que as pessoas esperam.  Com o tempo, vamos perceber que a demanda por energias renováveis é muito maior do que o esperado, pois vamos precisar delas para produzir hidrogénio verde para centrais eléctricas, siderurgia, fabrico de fertilizantes, combustível para navios, e todo o restante.

 

P: Quais são as próximas etapas da divisão Zero e da NFE com o hidrogénio verde?

R: Planeamos colocar em funcionamento o nosso primeiro projecto-piloto de hidrogénio verde este ano.  Existem aplicações para hidrogénio que podemos implementar muito rapidamente com muitos dos nossos clientes industriais e de transportes de menor escala, para adquirir experiência.  O passo seguinte será aumentar a nossa escala e tornar-se uma das primeiras empresas a utilizar hidrogénio verde para fornecer energia.

O nosso objectivo a longo prazo para a NFE é tornarmo-nos o maior fornecedor independente de energia eléctrica do mundo e fazê-lo com zero emissões de carbono.  E vamos procurar superar as expectativas de todos e tentar concretizar isto nos próximos dez anos.

Isso pode parecer extremamente ambicioso. Mas esta é uma missão extremamente pessoal para mim, uma missão que quero que todos na nossa empresa partilhem.  Queremos dar aos nossos filhos a possibilidade de herdarem um planeta que se assemelha àquele em que tivemos a sorte de crescer.  A incapacidade de lidar adequadamente com as mudanças climáticas está a ter consequências espantosas: extinções da fauna selvagem, elevação dos oceanos, refugiados climáticos, condições meteorológicas extremas são apenas algumas delas.  Acreditamos piamente que o hidrogénio renovável pode desempenhar um papel significativo na reformulação do panorama energético a nível mundial para melhor, e é por isso que estamos a estabelecer como objectivo um patamar elevado.